Ontem visitei a minha médica ginecologista para lhe pedir alguns apoios (prescrições para análises e coisas semelhantes) para o meu próximo ciclo de tratamento. Foi muito calorosa e ofereceu toda a sua ajuda. Saí do seu consultório reconfortada e animada. Sabe bem, sabe mesmo muito bem, quando o caminho nos é facilitado.
Uma FIV, para além de mexer profundamente com os afectos e com o nosso corpo, exige um esforço logístico considerável. Visitas ao médico, ecografias, análises ao sangue, idas à farmácia, tomas de medicação a horas certas, apenas para referir uma parte. E, como dizia o poeta (adulterado por mim), a vida não pára para que se tenha um filho. Continua-se a trabalhar, a ver gente, a ter horários para cumprir, fazer refeições, arrumar a casa, etc. A determinada altura, temos mesmo que nos organizar para um período de descanso, o que implica uma coordenação grande com o local de trabalho e com o companheiro. E nem sempre se consegue ter humor suficiente para gerir todas as tarefas "preparatórias".
Vem aí uma fase muito complexa, sem dúvida, mas carregada de esperança. Estou certa que a experiência da primeira vez me vai ajudar para facilitar a segunda. Tenho uma noção mais precisa daquilo que é necessário e de como me posso vir a sentir em termos físicos. E sinto menos ansiedade... estranhamente? Estou mais tranquila, com vontade de investir, mas consciente que - de todo - não controlo tudo.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
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